Montes Claros poderá ter campanha sem carros de som

A campanha eleitoral de Montes Claros poderá ser realizada sem os carros de som pelas ruas da cidade, conforme proposta apresentada ontem de manha pelo PTB local, durante a reunião realizada pela Justiça Eleitoral com todos partidos de Montes Claros, no auditório da Câmara Municipal. Na eleição de 2014, o partido propôs que os partidos não pintassem os muros na campanha. Agora, o dirigente Alex Oliveira propôs esse acordo. Os carros de som somente rodariam nos locais e dias onde ocorrer o comício dos candidatos. Vários dirigentes de partidos manifestaram apoio a proposta, que deverá ser celebrada posteriormente.Os juízes eleitorais Fausto Geraldo Ferreira e Vitor Luiz de Almeida, além dos promotores eleitorais Marrison Mendes, Daniel Ornelas e Guilherme Roedel, orientaram os partidos sobre as regras para as eleições desse ano. Alertaram principalmente sobre os “Fake News”, pois serão rigorosos com as notícias falsas sobre qualquer candidato, que possa promover o desequilíbrio na campanha; assim como explicaram que neste ano o Tribunal Regional determinou que os travestis deverão ser identificados com os seus nomes sociais e não com os nomes que constam nos documentos.

Na reunião, o juiz Fausto Geraldo pediu apoio dos partidos políticos, pois lembra que são três juízes, três promotores de Justiça e 15 serventuários da Justiça para cobrir seis municípios e mais de 300 mil habitantes. Citou que a população pode ajudar, trazendo as irregularidades e crimes eleitorais, para serem tomadas as providencias.

Explicou, ainda, que neste ano os militares que trabalharão na eleição poderão votar onde atuarão, pois será feita de forma temporária a transferência do título eleitoral deles. Citou que toda sessão terá um acesso para os deficientes, mas desde que seja feita o comunicado com antecedência.

O juiz Vitor Luiz de Almeida lembrou que todas as ações são para assegurar que os eleitores escolham com liberdade seus candidatos e, por isso, até mesmo nos presídios e centros de internações terá sessões eleitorais, assim como a situação dos agentes de segurança. Ele alertou aos partidos de que diante da suspeita de notícia falsa não divulguem os dados, pois caracterizaria fake news e a Justiça será rigorosa. Inclusive, o provedor da internet poderá ser responsabilizado. Lembrou que o transporte de eleitores será combatido e um exemplo é que em Montes Claros duas pessoas foram condenadas há quatro anos e estão pagando por esse crime.

Fonte: Gazeta Norte Mineira