
A ideia do grupo favorável ao comparecimento é que Haddad vá ao evento para ocupar os espaços possíveis na mídia, aparecendo em entrevistas na entrada, na saída e nos intervalos do debate. E sempre "denunciando" a ausência de Lula, que foi impedido de participar pela Justiça.
Mas há um outro grupo de dirigentes frontalmente contrário a essa estratégia.
Por eles, Haddad deve se recolher o máximo possível, evitando aparecer muito para não naturalizar a ideia, já corrente, de que Lula não poderá ser candidato e de que ele será o plano B do partido na corrida presidencial.
Esse mesmo grupo pretende evitar que Haddad até mesmo apareça no programa eleitoral do partido, a partir do dia 31 de agosto. Quer ainda limitar uma eventual agenda de viagens com Manuela D'Ávila, que ocupará a vice caso Lula consiga se candidatar --e também caso o ex-prefeito venha a substituído na cabeça da chapa.
Há, portanto, duas teses em choque neste momento no PT: a primeira, a de esconder Haddad até onde for necessário. A segunda, a de colocá-lo em exposição máxima, aproveitando todas as oportunidades que ele tiver de aparecer, já que o tempo de campanha até 7 de outubro é curto para torná-lo conhecido.
Fonte: Mônica Bergamo Folha de S.Paulo
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