
"Trata-se de um instrumento criado pela Justiça Eleitoral que promove a fiscalização cidadã da totalização dos votos", informa o TSE, por meio de nota divulgada na noite desta sexta-feira (5). "Todavia, qualquer iniciativa de totalização paralela precisa ser vista com bastante cautela", diz o texto.
O TSE destaca três pontos que fragilizam uma eventual contabilização paralela: a dificuldade que o grupo terá para conferir todas as seções eleitorais (cerca de 556 mil urnas eletrônicas estão preparadas para funcionar no domingo, incluindo as que foram reservadas para caso de imprevistos); a falta de fiscalização do software, que não é o mesmo usado pelo tribunal; e a possibilidade de uma eventual mudança de cenário, como, por exemplo, um candidato que na última hora fica impossibilitado de concorrer.
Ministros e advogados eleitorais ouvidos pela reportagem afirmam que, apesar de ser um direito dos candidatos de fiscalizar a apuração, uma fiscalização não oficial pode produzir resultados imprecisos. Destacam que há locais de votação distantes dos centros urbanos, com pouco acesso à internet, e, por isso, existe a possibilidade de haver transmissões incompletas de dados, ocasionando diferenças nos números finais das urnas.
Acrescentam que se o TSE vetasse a iniciativa do PSL ou de um cidadão em contestar o sistema de apuração, o tema geraria uma convulsão social.
Bolsonaro e seus apoiadores têm contestado a segurança das urnas eletrônicas nos últimos meses.
Para o TSE, é improvável que a equipe de fiscais do presidenciável consiga apurar a totalidade dos boletins de urna do país. "Nesse sentido, uma totalização paralela deve ser vista como um indício estatístico acerca da validade dos resultados oficiais", informa o tribunal em nota.
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